"Muito Chão" encerra a trilogia de comemoração dos trinta anos de carreira do coreógrafo Benvindo Fonseca.
«As três coreografias [Edzer (África), Casa do Rio (Portugal) e Muito Chão (Índia)] têm em comum uma busca de casa, casa essa que se encontra onde se tem pessoas de verdade. Onde, por momentos, nos encontramos com o outro. (...) Vou olhar profundamente para esta Índia que também faz parte de mim e que não se consegue descrever mas sentir. A terra e suas cores, os gestos, os sabores, cheiros e costumes. A desigualdade, juntamente com rituais, deuses e sabedoria, assim como o nada, qualidade tão importante, valorizada nestas paragens e tão pouco no Ocidente.
Vou trabalhar mais uma vez na busca de mim mesmo. No sentir sempre. No emocionar o público. Assim como, simplificar mas fazer da peça um momento sensorial, onde a dança está na sua melhor essência: o movimento, nunca desprovido de emoção e intenção.» Benvindo Fonseca
Sobre o autor
Benvindo Fonseca estudou no Conservatório Nacional de Lisboa, Escola da Fundação Gulbenkian, Nova York, Londres e Paris. Dançou no Grupo Sétima Posição, como Solista na Companhia de Dança de Lisboa, como Solista no Ballet Gulbenkian – onde foi promovido a primeiro bailarino, e onde trabalhou com Mats Ek, Jiri Kylian, Hans Van Manem, Orad Naharin, Itzik Galili, Vasco Wallenkcamp, Olga Roriz, Paul Taylor, Christopher Bruce, Nacho Duato entre outros.
Foi Cofundador, Diretor Artístico e Coreógrafo do Lisboa Ballet Contemporâneo onde coreografou “Uma Noite com Ella Fitzgerald”, “Callas”, “Mermurio”, “Onigen”, “Casa de Bernarda Alba” e “Mar”, interpretada em concerto ao vivo pelo grupo Madredeus.
Coreografou também para o Teatro D. Maria I, O Bando, Teatro Experimental do Porto, Ballet Gulbenkian, Companhia Nacional de Bailado, Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, Companhia de Dança de Almada, Companhia de Dança de Évora, Conservatório Nacional, Escola Superior de Dança, Academia de Dança Clássica Pirmin Treku, Stadttheater Hildesheim, Ópera de Berlim, Companhia de Ursula Lopez Lopez. Destaca o pas de deux “Povo que lavas no rio”, com a presença e voz de Amália Rodrigues, na Mãe D'Água, Lisboa (1997), o solo para “A Dança Árabe”, de Tchaikovsky, acompanhado ao piano por Maria João Pires e a coreografia “Romeu e Julieta” (2013)
Participou em Galas Internacionais em São Pantaleo, Madrid, Sevilha e Miami. Os seus bailados foram dançados em Espanha, Itália, Alemanha, E.U.A., Cuba, Brasil, Grécia, Polónia, Argentina, República Dominicana e México. Tem participado regularmente no festival Ibérica Contemporânea (Querétaro), México.
Entre os vários prémios que recebeu sobressaem “Jovens na Criatividade” da ONU (1993), tornando-se Embaixador Honorário da Boa Vontade da organização; prémio de carreira atribuído pela Associação Primo-Canto (2002); prémio de carreira atribuído pela Câmara Municipal de Oeiras e Revista Dança (2009); prémio pelo projeto coreográfico “Ciranda”, atribuído pela Câmara Municipal de Oeiras (2010). Foi homenageado na Gala de Estrellas de la Danza (Santo Domingo), República Dominicana (2012), e por ocasião dos 30 anos de carreira, pela Quinzena de Dança de Almada (2013), onde completou a trilogia “Edzer”, “Casa do Rio” e “Muito Chão”.
Ficha Artística
Coreografia e pesquisa musical e de vídeo: Benvindo Fonseca
Música: Carlos Mil-Homens (tema original), Amadeus Mozart, Edward Elgar, Remember Shakti, Ravi Shankar, Thukunulu Churhah & Vetalhulu Sapu, Henry Purcell, António Chainho
Cenário: Carmo Garcia
Figurinos: Fauze El Kadre
Desenho de luz: Cláudia Rodrigues
Interpretação (elenco original): Beatriz Rousseau, Bruno Duarte, Carla Jordão, Daniela Andana, Mariana Romão, Miguel Santos, Nuno Gomes, Sofia Silva
Ensaiadora: Maria João Lopes
Interpretação de música ao vivo: Carlos Mil-Homens ou Sebastian Scheriff
Sonoplastia e videoplastia: José Pacheco
Assistente técnico: Alexandre Candeias
Crítica
Álvaro Teixeira, in Psicanálises, outubro 2013
"Houve momentos (em Elgar, que, assinale-se, não consta na lista dos "meus" 20 grandes compositores, e em Purcell, idem aspas), em que me apeteceu simplesmente fechar os olhos. No entanto, Benvindo conseguiu segurar o público devido ao contraste entre a força da música e o jocoso, quase ridículo, do movimento do dançarino. Fez-me lembrar a ironia "gozatória" de alguns "allegretos" das sinfonias de Shostakovich... (...) A companhia, ao nível do seu próprio desempenho, demonstrou um surpreendente nível técnico e interpretativo. Por isso aqui fica a minha palavra de reconhecimento pelo que fazem e de incentivo de que não parem (e não deixem que @s parem)." | artigo completo: link, pdf
Vera Amorim, in Dance Europe, dezembro 2013
"(...) Recognised for his exquisite musicality and delightful quality of movement, he [Benvindo Fonseca] did not disappoint and applied all his experience to this choreography, which was performed by the Companhia de Dança de Almada, who gave a powerful and very honest performance." | artigo completo: pdf
Circulação
Cineteatro Municipal de Castro Verde, Castro Verde, 15 de maio de 2015
Cineteatro Sobral de Monte Agraço, Monte Agraço, 9 de maio de 2015
Auditório Municipal Augusto Cabrita, Barreiro, 2 de maio de 2015
Centro Cultural do Redondo, Redondo, 28 de março de 2015
Cineteatro João D'Oliva Monteiro, Alcobaça, 7 de fevereiro de 2015
Auditório do Museu do Oriente, 20 de dezembro de 2014
Casa da Cultura - Teatro Stephans, Marinha Grande, 13 de dezembro 2014
Teatro Municipal de Bragança, Bragança, 27 de setembro de 2014
Auditório Fernando Lopes Graça-Parque Palmela, Cascais, 12 de julho de 2014
Centro Cultural Olga Cadaval, Sintra, 31 de janeiro de 2014
Cineteatro Municipal João Mota, Sesimbra, 18 de janeiro de 2014
Teatro Municipal de Almada, 20 de dezembro de 2013
Teatro de Vila Real, 9 de novembro de 2013
Centro Cultural Malaposta, 26 de outubro de 2013
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Fotos
Vídeo
Aprox. 70' | M6