Morrer. Esse item que está no fim do percurso. A inabalável certeza. Os corpos envelhecem, tornam-se cansados, gastos, ternurentos, patéticos, às vezes moribundos. O silêncio. O pânico. A resignação. As memórias.
Neste dueto, dois corpos percorrem o fim do caminho, independentemente dos dramas e das relações disformes.
“Não quero ir. Não quero que vás, Leva-me. Não vás outra vez. Vamos juntos…”.
Independentemente dos dramas e das relações disformes, o caminho não pára e é sempre em frente, até ao fim.
Maria José Bernardino
Coreografia: Maria José Bernardino
Interpretação: Luís Malaquias e Raquel Tavares
Música: Pascal Comelade e Einstürzende Neubauten
Confeção de figurinos: Mariana Correia
Desenho de luz: Stageplot
Ensaiadora e assistente de coreógrafos: Maria João Lopes
Maria José Bernardino nasceu em Almada em 1971. Em 1983 iniciou a sua formação em Dança na Academia Almadense com as professoras Teresa Resende e Maria Franco. Em 1985 integrou os cursos de formação profissional na escola de dança da Companhia de Dança de Lisboa. Na Companhia de Dança de Almada, foi bailarina de 1990 a 1999 - onde destaca o trabalho com Clara Andermatt, Amélia Bentes, Jordi Cortés Molina e Peter Michael Dietz - e coreografou com Carla Albuquerque os espetáculos para a infância “O Mistério da Floresta”(2008) e ”A Cidade que era cinzenta” (2010). Frequentou o curso de iniciação Teatral em 1994 e foi intérprete e cocriadora de todas as peças de Maria João Garcia até 1998. Como bailarina independente fez parte dos trabalhos de Yolanda Alves “Dança com Lorca” e do projecto “Empty Box”, juntamente com Cláudia Dias e Maria João Garcia. Foi bailarina da Associação Cultural Ninho de Víboras. Desde 1999 que leciona Dança Criativa, Clássica e Contemporânea na escola da Companhia de Dança de Almada, tendo criado vários trabalhos para classes de representação e, mais recentemente, assumido um Projeto Coreográfico da escola.
16' | M12